sábado, 10 de novembro de 2007

Liberdade

Há pessoas que na ânsia de experimentar uma liberdade genuína se lançam numa louca e desenfreada procura de toda a espécie de prazer... deparando-se no final com apenas frustração.

São estes tontos que se gabam de serem livres para fazerem o que lhes apetece, que vão para onde querem quando querem e se não querem não vão, não querem estar amarrados a nada, com medo de perderem a liberdade que no fundo não têm. São estes ultra-egoístas que se intitulam e mascaram de livres, quando no fundo, não são mais que verdadeiros escravos da liberdade!

Para mim ser livre, é ser livre para amar e ser amado, para viver e deixar viver, respeitar, apaixonar, gritar, mergulhar no mar, é chorar, é chorar a rir, é rodear-se de amigos, viver os momentos hoje sem que se transforme em algo mau amanhã, é saber sentir, respirar o mundo, abraçar e agarrar a vida...

Ser livre é acreditar!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Sem Título

Será verdade a expressão "Mais vale sozinho do que mal acompanhado!?"

Dou por mim fechado em casa numa tarde de relativo bom tempo a recordar que já houve alturas extremamente fascinantes da minha vida e que actualmente não acontece nada de extraordinário...

Recordo-me desses bons tempos mas tenho uma raiva dentro de mim que não me deixa aprecia-los intensamente. Acho que sim, que mais vale só do que mal acompanhado mas na altura não me achava mal acompanhado nem tão pouco estava só, vivia num inocente mundo onde nada nem ninguém podia criar qualquer tipo de estrago, agora que sei que estava mal acompanhado não quero esses tempos de volta. Mas quereria eu esses tempos se não soubesse que estava mal? Voltando a ser inocente não tinha noção de nada e era óptimo. Ou não?

Acho que o ditado devia ser: "Mais vale só do que mal acompanhado e com noção da realidade do que, acompanhado e a viver uma ilusão" provavelmente tornar-se-ia um ditado demasiado grande e nunca chegaria ao estrelato do mítico e simples: "Mais vale só do que mal acompanhado".

Quero estar acompanhado bem acompanhado, alguém que me faça sorrir pela situação mais parva, alguém que me faça querer sair, que me faça querer ir ao fim do mundo e voltar, que me faça querer andar de mão dada, que me faça querer ir ao cinema, que me faça sentir desejado, que me ajude sem esperar um obrigado, que apareça sem ser preciso convidar, que não tenha medo do futuro e que esteja comigo just for the fun of it!

Por isso: "Mais vale bem acompanhado do que mal acompanhado"

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Gameboy!



Como diz Victor Espadinha: "Recordar é Viver!"

Lembro-me hoje, como se fosse ontem, do meu aniversário de 8anos no já longínquo ano de 1990, lembro-me do meu Pai perguntar com aquele olhar sério, que só ele tem, de como quem diz: "Vá, agora não és suposto seres uma criança, quero uma resposta Adulta!"e pergunta-me: "Queres um Computador ou um Gameboy?!" ora, não faz sentido, perguntar a uma criança se queremos um computador ou um Gameboy, é o mesmo que actualmente perguntar a uma criança de 8anos: "Queres um iPod ou uma Aparelhagem?!" é tal e qual isto porque, o Gameboy em 1990 estava tão na moda como estão agora os iPod's. Logo a minha resposta não podia ser mais clara, directa e concisa, digna do pequeno adulto que o meu Pai sabia que havia em mim: "Gameboy!"

Ter um Gameboy era um estatuto, que nos fazia trocar jogos com desconhecidos, nos fazia perder horas agarrados a uma caixa mágica portátil onde não se podiam salvar os jogos e tínhamos de escrever passwords em papel para podermos retornar mais tarde aos níveis mais avançados, era fazer parte de uma comunidade, era ter uma caixa magica que só tinha dois botões para jogar, o A e o B, que tinha volume e contraste e nada mais em comparação com uma actual playstation portátil, por exemplo, que tem quadrado triângulo bola e cruz, e left e right trigger, nada ultrapassara a magia que era ter um Gameboy.

O "pulim" quando se liga, as musicas feitas em sintetizador com meia dúzia de tons, o ecran a preto e branco, a textura, a cor, todo o tipo de acessórios (desde lupas a cabos para jogar a dois), tudo isto é um Gameboy!

Só tenho pena de nesta alegre comunidade Gameboista, ter perdido mais de metade dos meus jogos.. resta-me correr as lojas de artigos em segunda mão e procurar o Super Mario Bros para Gameboy...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Nos tempos que correm...

A realidade é, que nos dias que correm todas as relações por mais superfíciais que sejam, independentemente de ser a relação com a mulher do talho ou até com a mulher polícia (sim, estou a falar de relações com mulheres, não, não digo mulheres digo relações com o sexo oposto no geral) todas elas se definem pela existência de um macho-alfa mesmo que este macho seja no fundo a mulher!

Eu, por exemplo, e por mais homofóbico que seja, nunca me intitularei macho-alfa traduzido facilmente pela sociedade moderna como "Gajo", intitulo-me macho-querido que feliz ou infelizmente nos dias que correm é sinónimo de insegurança e fragilidade, no fundo este título de macho-querido por muito pomposo, eloquente e até mesmo digno de orgulho que parece ser, não o é, é no fundo nos dias que correm traduzível numa palavra simples digna do século XXI e que já faz parte dos mais fiáveis dicionários de língua portuguesa, ou seja, "Gaja". A Moral da história é portanto muito simples, Eu sou uma Gaja.

Interrogo-me no entanto de uma questão pertinente, serei eu sempre a "Gaja" da relação ou alguma vez serei o "Gajo"?! Muito honestamente, não quero uma relação Gajo vs. Gaja nem a relação vice-versa. Quero uma relação em que me sinta Gaja e me sinta Gajo alias, correcção, quero uma relação que seja tão equivalente e funcional e ao mesmo tempo irracional e original que nem sequer vou pensar se existe um Gajo ou uma Gaja.

No fundo, eu que sempre me apresentei como anti-matrimónios homossexuais dou por mim aqui a monologar e a defender os mesmos, uma coisa é certa, se não dependesse do sexo dos indivíduos envolvidos mas da sua forma de estar e de pensar a dois, em pensar no mítico nós, sou sem sombra para dúvidas, apoiante efectivo de matrimónios homossexuais.

Estou como se diz na vernacular gíria portuguesa "a puxar a brasa à minha sardinha" e sim, depois de investir tudo e mais alguma coisa numa relação onde, literalmente, sempre me senti uma gaja e que tinha , literalmente mais uma vez, tudo para ser perfeito, estou agora disposto a seguir em frente e mais uma vez usando uma gíria portuguesa desta vez mais actual, "para a frente é que é Marrocos" (nunca quis ir a Marrocos mas acho esta expressão adequada).

Sinto-me mal? Desintegrado? Parvo? Incoerente? Errado? Não, sinto-me óptimo, como suponho que se diga nas sessões dos Alcoólicos Anónimos, admitir é o primeiro passo para conseguir seguir em frente na vida, curioso é que neste caso, não quero deixar de ser este hipotético alcoólico, quero é uma alcoólica comigo.

Felizmente ou infelizmente, eu sei que não sou o único assim, existem vários argumentos, aparentemente fortes, que fazem com que tudo isto faça sentido. Provavelmente não devia enumeralos assim com aparente desrespeito, até porque estes não são os únicos argumentos, mas a realidade é que o principal é ter amigos que pensam da mesma forma e que nas situações mais banais e nos fazem sentir normais. Por outro lado parece-me também importante mencionar que nos mais pequenos nadas se descobrem pequenos tesourinhos, neste caso nada deprimentes e bem pelo contrário bastante entusiasmantes, no denominado sexo oposto que nos fazem querer seguir para, o já referido, "Marrocos"...

Para eles, Obrigado.