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Priscila Jorge estava a marcar a sua presença no templo da musica como um cão que urina na árvore do jardim da estrela, girava lentamente sacudindo esporadicamente os braços ou as pernas como se ouvisse a musica aos pedaços, quando o ritmo acelera abruptamente a marafona desnudada reage novamente como um cão desta vez a responder ao assobio do dono.
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Verdade que neste templo os gerontes e as balzaqueanas pés de chumbo constituíam a maioria dos frequentadores, todos eles amadores mas extremamente convencidos das sua habilidades.
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Verdade que neste templo os gerontes e as balzaqueanas pés de chumbo constituíam a maioria dos frequentadores, todos eles amadores mas extremamente convencidos das sua habilidades.
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Mas Priscila Jorge, com o seu vestido de farrapos de lantejoulas pendurados como velhas decorações natalícias, canhestra no rodar das ancas e como que possuída por um cio coreográfico de marabu, urrava meia selvática quando a melodia estendia os seus decibéis a níveis de tortura com a sua dentuça a desfraldar esgares de pavoroso jubilo, agora mais asquerosa que nunca.
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Aposto que na sua mente ela é o expoente máximo e jactante de musicalidade e ritmo no balanceado erótico de um verdadeiro tango e mestre de Pedagogia bailatoria.
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A minha mãe diz-me sempre para não Apostar.
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1 comentário:
Bom!!
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