sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Meet me in Montauk..

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Não costumo ceder facilmente a filmes que apelam ao sentimento, mas macacos me mordam, se há filme que merece que eu saia do armário e diga: "Porra, Tocaste-me!" é este..
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é genial, é fofinho, é perturbador, é curioso, é uma história de amor, é feliz, é triste, é rápido, é lento, é previsível, é surpreendente...
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Julgo as pessoas pela primeira impressão, sou culpado nisso e disso. Já admiti no passado ter-me enganado mas não consigo evitar continuar a fazê-lo, e julgo filmes pelo nome e pelos nomes das personagens.. e Joel e Clementine não são nomes para os quais eu sequer olhasse de soslaio, mas, felizmente há um mas, vi. Vi porque sim, não, vi porque uma cinéfila, "Selvagem no coração e Esquisita no topo" cativou o meu eu - virgem cinéfilo e fez dele a sua marioneta de filmes durante uns tempos, com frases do género: "Este é demasiado forte para ti ainda!" e "Deves ver isto primeiro!" Tal e qual uma professora interpreta o conhecimento de um novo aluno e o encaminha pelo caminho não mais fácil nem mais difícil, mas pelo mais acertado.
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Não sou fácil de agradar, não gosto sempre da mesma coisa, às vezes gosto, sou estranho, estranho no topo e no coração ao contrário da dita cinéfila, gosto de ser surpreendido e fui. Com filmes! Sou fácil, eu acho que sim. Provavelmente não, provavelmente nunca veria um filme quando me dissessem: "Ah e tal, vê este filme!" eu responderia prontamente com um: "Claro!" e nunca via.. Sou assim, gosto de agradar ao ouvido mas não gosto de obedecer sou um rebelde, um rebelde com um toque de obediência em ocasiões completamente aleatórias do dia ou da noite. Mas, obedeci, não obedeci porque queria agradar, obedeci porque foi todo um crescer de argumentos aos quais não tive qualquer hipótese se não obedecer como um bambi, sem medo nenhum e sem temer as consequências, alias, acreditando que a descoberta ia compensar os possíveis arrependimentos, um bocado como a descoberta do rádio pela Madam Curie, sim, teve um grande potencial científico, mas acabou com a sua morte mais tarde ter sido dolorosa e lenta devido a envenenamento por radiação.
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Não temo!
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Gosto do Joel e da Clementine.
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I'm Joel!
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Gosto deste filme, admitlio..
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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Gato de Schrödinger!

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Erwin Schrödinger, físico austríaco vencedor no Prémio Nobel da Física em 1933, numa tentativa de explicar a interpretação de Copenhaga de física quântica, propôs uma experiência em que um gato é colocado numa caixa, com um frasco de veneno selado que se abrirá num momento aleatório. Ora, uma vez que ninguém sabe quando ou se o veneno será realmente libertado, até se abrir a caixa, o gato pode estar vivo e morto.
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Tal como o gato de Schrödinger, qualquer relação pode ser vista como viva e morta, isto é, boa e má.
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Só abrindo a caixa é que se descobre realmente o seu estado!
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Devia ser mais cientista, os cientistas não adivinham, chegam a conclusões, tendo como base a observação e a experimentação.
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Marcas dos Espaços

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Porque é que numa sociedade onde o pensamento é frequentemente individualista invés de altruísta. Porque, é que numa relação assim, existem pessoas que se preocupam com a aparência e marcas e estereótipos?! e que para umas coisas são independentes e muito cultos e sempre preparados para expor a sua sapiência, na sua ilusão de superioridade em relação a qualquer coisa, mas depois são tão incultos e insensíveis em outros temas?

Não é tão ou mais importante saber as marcas de um lugar? Não faz sentido essas mesmas pessoas darem importância a estarem e a existirem um espaço construído por algum arquitecto importante?

Não devia uma pessoa que visita o Centro Cultural de Belém projectado pelo Arquitecto Manuel Salgado, dar o mesmo valor a esse espaço que dá às suas calças Levis?!

Não devia uma pessoa que visita o Hotel do Bairro Alto onde as esculturas e candeeiros são quase todos do escultor Rui Chafes, dar o mesmo valor a esses objectos que dá aos seus Ténis Gola?!

Não devia uma pessoa que visita o bar "à Margem" em Belém projectado pelo Arquitecto Falcão de Campos, dar o mesmo valor a esse espaço que dá à sua pólo Ralph-Lauren?!

Não devia uma pessoa que visita o edifício da Reitoria da universidade Nova projectada por Manuel Aires Mateus, dar o mesmo valor que dá ao seu relógio Omega?

Não devia uma pessoa que visita a zona verde na Avenida da Ribeira das Naus com esculturas de Charters de Almeida, dar o mesmo valor que dá à sua mala Channel?!

Na minha opinião dá menos mas devia dar mais..
É por estar acessível a todos que perde o interesse?! Deve ser mas não devia ser..

Talvez ao visitarem a Casa da Musica por Rem Koolhas dêem o devido valor...
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domingo, 12 de outubro de 2008

The Square Root of 3

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I fear that I will always be
A lonely number like root three
A three is all that's good and right,
Why must my three keep out of sight
Beneath a vicious square root sign,
I wish instead I were a nine
For nine could thwart this evil trick,
with just some quick arithmetic
I know I'll never see the sun, as 1.7321
Such is my reality, a sad irrationality

I Look forward to the day, when I will say
Hark! What is this I see,
Another square root of a three
Has quietly come waltzing by,
Together now we multiply
To form a number we prefer,
Rejoicing as an integer
We break free from our mortal bonds
And with a wave of magic wands
Our square root signs become unglued
And love for me has been renewed.
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O que eu quero no meu Aniversário!

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Consigo-me imaginar pequeno rapazote de calções e feridas nos joelhos com um pequeno boné de lado a correr para a minha e a dizer: "Oh Mãe! Oh Mãe, quero isto e isto e isto quando fizer anosss! Sim?! Sim? Vá láaa! SIM!!"
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Agora com quase 26anos e claramente a caminho da terceira década de vida! Este senhor nada rapazote, com calças mas com feridas nos joelhos a mesma, sem boné mas com barba, portanto, com toda uma imagem muito mais credível e muito mais possante para qualquer ser que o rodeie e com este estatuto diz à sua mãe: "Oh Mãe! Não quero nada, não se incomode!"
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Sendo uma pessoa que liga mais a pequenos nadas inconscientes e nada inconsequentes parece-me astuto soltar o rapazinho de boné e calções, muito mais materialista do que o senhor que agora se apresenta deste lado, cá para fora e dizer; Mãe eu quero:
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Quero uma Prancha de Surf, uma Casa, um Fiat 500 dos antigos, uma fita-métrica, uma carteira, um conta kilómetros para a Vespa, um cinto, um relógio com calculadora como tinha quando era um pequeno petiz, quero cargas para a minha Polaroid, quero um Omega Aqua-Terra, quero mais dinheiro de mesada, quero um Citroen Mehari, quero um Ferrari por um dia, quero ir andar de karts com os meus amigos, quero jogar paintball, quero as seasons todas de Simpsons, quero uma empregada a arrumar o sótão, quero o pes2009 para pc, quero saldo no meu telemóvel, quero um moleskin A5 com folhas lisas, quero um autografo da Inês Castel-Branco a dizer: Parabéns Ru!, quero que mais gente comente o meu bloguer, quero uma torta de chocolate, quero arranjar trabalhos em que ganhe dinheiro para poder viajar, quero dinheiro na minha conta, quero o cd do David Fonseca, quero o cd do Michael Jackson bestof, quero um cheesecake.
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Pronto, qualquer uma destas coisas me satisfaria, se puder ser mais do que uma, agradecia imenso.
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