segunda-feira, 2 de março de 2009

Falar Vs. Escrever

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Gosto de ouvir historias, histórias de encantar, histórias verídicas, histórias de terror, histórias banais, histórias de amor. Gosto.
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Gosto de imaginar as personagens na minha cabeça e de usa-las como marionetas numa história que depois de terminada pode ser continuada por mim. A meu belo gosto, sem censura, sem limites, sem regras.
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Gosto particularmente de histórias verídicas onde conheço os intervenientes, ou pelo menos alguns deles. Dessa forma já não posso dar asas a imaginação e fazer o que quiser. Mas gosto, gosto de limites, de regras. Embora ache que estas existem para serem quebradas, todo outro assunto.
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Curioso, que se dermos à maioria das pessoas duas opções de contar a mesma história, oralmente e por escrito. Oralmente temos uma história muito mais divertida e com muitos mais pormenores pertinentes do que por escrito. No geral praticamos mais a oratória no dia-a-dia do que a escrita. Sim, mas podemos pôr por letras exactamente aquilo que dizemos, mas normalmente não se faz isso, regras e mais regras que limitam a nossa criação, regras essas que já não usamos quando falamos é tudo muito mais fluido, comemos metade das palavras a falar a correr e não paramos em virgulas nem em pontos finais, é tudo seguido e é tudo perceptível. Não usamos palavras caras, não nos acomodamos ao que contamos e repetimos coisas importantes, falamos com mais ou menos ênfase. Somos puros e duros e não tememos por isso.
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A escrita devia ser igual.
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