terça-feira, 7 de abril de 2009

O que não nos mata, torna-nos mais fortes!

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Ditado antigo. Popular como tantos outros. Simples como tantos outros. Óbvios como tantos outros e no entanto, Certo!
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Queremos saber a história Poeta! em coro: História! História!
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Óptimo, estava a ver que não queriam mais um conto Eduardiano!
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Risos envergonhados de alivio.
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Cá vai:
Ora, ao contrario do que possa parecer este ditado não nasceu de um desgosto de amor, nem de uma queda de mota, nem tão pouco num acidente com uma debulhadora. Este ditado nasceu pura e simplesmente de quedas constantes de um pequeno menino de buço semi-crescido, com os joelhos alegremente em ferida e com um ou outro arranhão nas palmas das mãos. De calções sujos de lama e com uma camisa pequena aos quadrados metida para dentro dos calções com um sapo no bolso da mesma. Com uns sapatos velhos sempre com os atacadores pelo chão. Sem boné, sem nada para proteger o cocuruto da exposição solar. Corado q.b. na face e sempre, sempre com um sorriso desdentado em riste.
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Este petiz de nome Astolfo, baptizado em honra ao Rei Lombardo que governou entre 749 e 756 e que foi derrotado por Pepino, o Breve, sua mãe nem quis acreditar e jamais em sua casa se comeu pepino. Adiante, viviam numa pitoresca aldeia, há muitos, muitos anos. E Astolfo, andava sempre a correr para todo o lado e já na altura ele dizia à sua mae, "Eu mama, vou ser o Obikwelu" dizia ele convicto das suas palavras mas sua mãe não fazia ideia quem era este Farelo, como ela dizia, muito surda esta sua mãe talvez por estar anos e anos sem limpar os ouvidos, acto que não se praticava com a regularidade devida naqueles tempos. O próprio Obikwelu ainda estava para nascer e nem ele sabia que ia ser ele próprio, toda uma outra história sobre esta visão que Astolfo mantinha sobre o futuro.
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Então, por estar sempre a correr para todos os destinos, e por praticar um constante desaperto de atacadores, muitas vezes de propósito. Astolfo caia constantemente, mas isto não o fazia mudar, não o fazia começar a apertar os atacadores nem tão pouco fazia com que não corresse para todo o lado que ia. Como se dizia na aldeia, bem pelo contrario, ele corria ainda mais depressa e dava sempre quedas umas maiores que as outras e a verdade é que sempre que ele caia de seguida se levantava sem sequer olhar de soslaio para os seus próprios ferimentos, e partia em corrida para lado nenhum. Convicto do destino que não sabia qual era. E lá ia..
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Na aldeia, por causa de Astolfo, começou-se a dizer: "O que não o mata, torna-o mais forte" e com o passar dos anos, passou a ser aplicado à generalidade das pessoas. Correctamente ou não, já não sei, a verdade é que muitos acreditam e como se diz na gíria popular também: "Quem acredita sempre alcança" ou algo do genero.
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