segunda-feira, 24 de novembro de 2008

o meu Programa és tu...

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Há sempre dificuldade e alguma argumentação, entre machos da mesma espécie, em arranjar dates para fazer com alguém do sexo oposto, onde o próprio date, altruisticamente engendrado, já faz metade do trabalho do Macho Conquistador, Confiante, Charmoso. Macho CCC como eu gosto de chamar. Já esclarece a partida à fêmea em questão quais os pressupostos de tal convite não deixando espaço a enganos. Que acontecem mais vezes do que deviam..
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Ora então e dates normais, meets, programas onde não se passe nada, programas tão simples e humildes e tudo que sejam sem sombra para duvidas, inocentes?! Onde, das duas, uma, ou o Macho CCC quer um verdadeiro desafio e não quer qualquer tipo de ajudas, ou um programa entre duas pessoas do sexo oposto que ambas não querem que se passe nada. Há programas assim?! ou programas entre duas pessoas do sexo oposto são sempre "Date" e nunca serão "Meet"?!
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Claro que depende do espírito das pessoas envolvidas, se for as compras com a minha Mãe, é óbvio que não é um date. Mas ás vezes é bom estar com alguém sem que seja date, que seja só meet. O local e o tipo de convite consegue fazer esta filtragem a partida!? Não acredito.
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Acho que às vezes preocupamo-nos em ter um programa que faça metade ou mais do nosso trabalho ou programas que sejam tão inocentes que não haja qualquer maldade, quando na realidade... para mim, claro, o meu programa é a pessoa com quem estou.
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Pode ser à chuva ou ao sol, pode ser no verão ou no inverno, a tarde ou a noite, no outono ou na primavera, de madrugada ou de manha, pode ser em minha casa ou na tua, ou até na rua, pode ser num jardim, pode ser num carro ou num barco, pode ser numa vespa, pode ser à beira rio ou nas montanhas, pode ser um pic-nic ou um mcdonalds, pode ser a beber agua ou a beber rum, pode ser com frio ou com calor, pode ser no Oceanário ou num miradouro, pode ser no topo do Cristo Rei ou na sub-cave da minha garagem, pode ser em casa a ver filmes no Youtube ou no cinema, pode ser num concerto ou em casa a ouvir musica no computador, pode ser a beber chá e bolachas e pode ser a comer cereais, pode ser no circo ou na igreja, pode ser na Costa da Caparica ou em Sintra, pode ser vestidos formalmente ou de pijama, pode ser qualquer coisa.. desde que seja..
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o meu Programa, és tu!
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3 comentários:

Teixas disse...

Se ainda havia alguma dúvida, já não a há. O poeta sem rumo é, sem dúvida, audaz. Aqui e ali, neste post e no outro, vai deixando migalhinhas para essas mulheres da grande lisboa, porto e entroncamento cairem nos seus encantos. Cientes, porém, de que na sua escala de 90 atributos, terão de obter uma taxa mínima de sucesso de 88,9999%, ou toda a esperança de entrar no vasto leque de escolha deste verdadeiro romântico estará perdida.

Como genial estratega no que toca ao relacionamento Macho-Fêmea (assim como em variadíssimas outras temáticas), o mundano Eduardo apresenta aqui alguma "manha", mostrando assim o seu jogo. Desta forma, alguma afortunada pessoa do sexo feminino que tenha a sorte de combinar um programa com o poeta, ou como este gosta de chamar, uma Fêmea MAE (Minimamente Aceitável para o Eduardo), saberá imediatamente se se trata de um date ou de um meet. Por muito "altruisticamente engendrado" que seja.

Queria só deixar um foco para os enigmas do poeta. Fazer compras com a mãe (entidade maternal) ou com uma Fêmea MAE? Fica então aqui este docinho para ficarem a matutar durante esta bonita tarde de outono.

Eduardo disse...

Teixas,

Pequeno imprudente petiz, um poeta sem rumo está exactamente como diz, sem rumo, logo não sabe para onde ruma. Logo também não sabe o que faz e se o faz ou como o faz. Por isso não é audaz. Logo, mais uma vez, não sou estratega nem os meus posts são comparaveis a migalhinhas.

Já parei de me esforçar para ser estratega e audaz. Se fizer mais força dou à luz o meu colon.

Por isso limito-me a ser um humilde romantico.

Abraço e obrigado pelos comments.

Eduardo!

Teixas disse...

O meu discurso não procurava, de maneira alguma, comparar estas explosões de ideias e insights que são os posts do poeta sem rumo a pequenas migalhas, foi apenas uma metáfora no contexto. Lamento então o equívoco.

Muito menos era minha (como imprudente petiz) a intenção de pôr em causa esta liberdade de destino do mundano eduardo, que eu nunca vou querer ver a planear o que quer que seja, nem a engendrar altruisticamente nada. O seu romantismo, apesar de ser baseado num sistema qualificativo restrito, baseia-se na liberdade apenas igual à de uma pomba branca a voar pelos céus.

E, acima de tudo, a última coisa que quero ver, e quero reforçar que é mesmo a última, é este humilde romântico dar à luz o seu cólon.

Mil perdões.